sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

(Re)lendo...



“Gatinho de Cheshire”, começou, muito timidamente, por não saber se ele gostaria desse tratamento: ele, porém, apenas alargou um pouco mais o sorriso. “Ótimo, até aqui está contente”, pensou Alice. E prosseguiu: “Você poderia, por favor, me dizer qual é o caminho para sair daqui?”
“Depende muito de onde você quer chegar”, disse o Gato.
“Não me importa muito onde...”, foi dizendo Alice.
“Nesse caso não faz diferença por qual caminho você vá”, disse o Gato.
“... desde que eu chegue a algum lugar”, acrescentou Alice, explicando.
“Oh, esteja certo de que isso ocorrerá”, falou o Gato, “desde que você caminhe o bastante”.

Alice no Pais das Marvilhas, Lewis Carrol

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

De outros natais


E foi só falar em Stop motion no ultimo post que lembrei de um dos meu filmes preferidos da sessão da tarde: "A rena do Nariz Vermelho"

Eu esperava ansiosa por dezembro para poder assistir a esse filme.
Morria de pena do Rudolph e de medo da Rainha Gélida.Além de acreditar que o meu nariz gelado em dias frios, poderia ficar aceso, tal qual o do Rudolph. #Renatices

#No You tube http://www.youtube.com/watch?v=sF_8fxO5lEM
#Como surgiu a história aqui

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O fantástico Senhor Raposo, filme


A animação em stop-motion é baseada no clássico infantil O Fantástico Senhor Raposo, de Roald Dahl (de A fantástica fábrica de chocolates), e conta a história do Senhor Raposo do título, um jovem ladrão de galinhas que vê sua vida mudar com a gravidez da esposa.
Senhor Raposo e familia levavam uma vida "normal-classe-média-finjo-que-está-tudo -bem". Ele, um escritor de contos em um jornal.Ela, a "dona-de-casa-pintora de paisagens-mãe-de-família" e seu filho pré adolescente como um ...pré adolescente.
Tudo ia, "tododiatudosempreigual", até que o instinto do Senhor Raposo o sacudiu as 6 horas da manhã.
Ciúmes adolescentes, crises de identidade, crise de idade, negação/não aceitação de valores pré estabelecidos pela sociedade, os bonzinhos, os malvadões, o personagem secundário que rouba a cena, boa trilha sonora.Tudo está lá misturado.Às vezes nas entrelinhas.Outras bem explicitas.
Não,não é mais um filme para crianças que os adultos irão adorar. É uma animação para adultos (ops !)que as crianças que forem assistir não terão porque lamentar.
Apesar de uma ou outra liçãozinha de moral, é um filme que vale a pena ser visto, tanto pela parte visual quanto pelos questionamentos subentendidos no texto.
Divertido !

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Sou obediente

"Escreva sobre o que te dá medo, sobre o que te dá vergonha, sobre o que você ama. Escreva sem julgar, escreva sobre os outros. Escute conversas alheias, mesmo se as pessoas te parecerem estranhas. Ande de ônibus e de metrô e observe tudo. Lide com pessoas de diferentes profissões e idades. Não fique cercado por pessoas que tem a sua idade e fazem a mesma coisa que você. Aliás, fuja delas".

Resposta de Pedro Almodóvar a uma cineasta iniciante que lhe pediu um conselho.





















Imagem: Escucho, Valeria Ueno

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Buenas Aires, Linhas viajantes - Partes 6 e 7

Linhas viajantes - Partes 6 / 7 (Final)
Quinta, 22/10/2009
Sexta, 23/10/2009


Linhas viajantes - Parte 6

Quinta, 22/10/2009

Hoje tiramos o dia para as compras e rever os lugares que mais gostamos.
Voltamos a San Telmo e suas lojinhas estilosas, visitamos o Museu da Cidade e suas velharias, Andamos pela Santa Fé e Florida.
A tarde fomos conhecer a maravilhosa livraria El Ateneu, que fica na Av. Santa Fé com Callao. O prédio foi um teatro e o café da livraria fica onde era o palco do TEatro! Lindo, pena que fomos extremamente mal atendidos lá. Aliás, nem fomos atendidos e por isso fomos tomar o nosso último chocolate no tradicional Café Tortoni.
Saindo de lá, ouvimos uma batucada no meio da rua e fomos olhar. Muita gente dançando, pulando, parecia carnaval. Era a Murga, o carnaval argentino. Mais aqui e aqui
Ficamos um bom tempo vendo a festa. As roupas parecem as dos "bate bolas", com aplicações de desenhos de personagens de quadrinhos como Mickey, por exemplo. A dança é animadissima e elhos, jovens e crianças dançam juntos.
Chegamos no Carnaval dos Bolivianos e saímos com o carnaval dos Argentinos. Adorei.


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Linhas viajantes - Parte 7
Sexta, 23/10/2009


Acordamos bem cedinho para fechar a viagem com chave de ouro:Visita ao Malba para ver a exposição de Andy Warhol, Mr.America (Prepare-se, pois esta exposição estará no Brasil em 2010).
O museu é lindo e a Coleção permanente Arte latino-americano do século 20 tem várias obras de artistas brasileiros como Lygia Clark, Helio Oiticica e Tarsila do Amaral.Além de obras de Diego Rivera,Frida Kahlo e Di Cavalcanti, só para citar alguns. É parada obrigatória.
Enquanto esperávamos o museu abrir (De quinta até segunda-feira e feriados o horário é das 12:00 às 20:00) fomos ao ...Carrefour que é bem pertinho.
Fotinho Na porta do Malba:



Bye Bye Buenos Aires
Foi ótimo conhecer um pouquinho deste lugar hospitaleiro, com um clima delicioso, ruas limpas e largas e céu muito azul.
Deixou um gostinho de quero mais.
Recomendo a todos e digo: a palhaçada de rivalidade Brasil X argentina, é babaquice de futeboleiros



☺ Shopping - Galerías Pacífico (Florida, 735, esquina Av. Córdoba), um shopping com boas lojas (bons preços, também) e arquitetura deslumbrante - era um antigo mercado que virou galeria em 1945 e foi inteiramente restaurado em 1992.

☺ El Ateneo Av. Santa Fé, 1860

Buenos Aires, Linhas viajantes - Parte 5

Linhas viajantes - Parte 5
Quarta, 21/10/2009


Aniversário do Alex !!
Acordamos cedinho, mas estava chovendo muito!
Decidimos almoçar no San Juanino para comemorar o Aniversáio do Alex com as “melhores empanadas de Buenos Aires”. Se são as melhores eu não sei, mas o atendimento no San Juanino foi o melhor.
A chuva cessou e demos uma volta pela área da Recoleta dando mais atenção ao Museu do Design (que eu falei nas dicas do Linhas Viajantes – parte 2) e ao Museu Nacional de Bellas Artes (MNBA), onde o Alex só faltou dar pulinhos ao ver um original do Kandinsky.
Pegamos um taxi até Palermo para visitar algumas lojas, e quase demos um troço quando paramos em um bar (que infelizmente não anotei o nome) para o Alex beber uma “Cueca Cuela” e a mocinha disse que se eu não fosse consumir nada, teria que sair. Largamos ela lá.
Uma coisa que gostei muito foi o que chamei de “coletivo Wear”: Uma loja grande, com várias marcas reunidas e espalhadas por araras. Algo como o Mercado Mundo Mix que conhecemos por aqui no final dos 90´s.
Lojinhas Pará lá, sorvetes pra cá.
À noite fomos jantar em Puerto Madero e como precisávamos de comida temperada, fomos ao Friday´s.
O público lá é de jovens executivos ou bancários, pois a maioria dos caras usava terno.
Mas comemos bem.Muito e bem.
Depois fomos ao Mundo Bizarro , o bar mais estiloso e com o banheiro mais fotografado de Buenos Aires.



A decoração é maravilhosa, pôster de Betty Page nas paredes e as bebidas deliciosas. Pena que não fomos em um dia de show.
Voltamos ao Hotel bêbados (dá para sentir pela foto, né?). Feliz aniversário Alexito


☺ Quem gosta tatuagens e um estilo mais underground não pode deixar de conhecer a Galeria Bond Street (Av. Santa Fe, 1670 )

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Buenos Aires, Linhas viajantes - Parte 4

Linhas viajantes - Parte 4
Terça, 20/10/2009


O dia amanheceu nublado, mas mesmo assim resolvemos manter a programação: Ir de trem Urbano (comum) até Tigre, para fazer o passeio pelo Rio Tigre e retornar pelo Trem de La Costa, que é um trem turístico cuja linha margeia as mansões portenhas.
A viagem de trem urbano é longa e um tanto cansativa. Nenhuma novidade no caminho: passamos pelo subúrbio, vimos um pouco mais de sujeira e cinza pelas ruas, muitas casas, poucos edifícios.
Pessoas indo trabalhar e tal qual os trens do Rio de Janeiro, ambulantes vendendo bugigangas pelos vagões, velhinhos doentes pedindo esmolas e ex drogaditos vendendo balas para ajudar o centro de recuperação em vivem. “Um museu de grandes novidades”.
Chegando a Tigre, há 3 opções de barco para fazer o passeio : O turístico, que dá uma voltinha básica, o bote que pode entrar em qualquer canal, inclusive nos mais selvagens, que é bem mais caro e o lanchabus, que é o coletivo de quem mora nas ilhas.
Você compra uma passagem ida e volta que dá direito a descer em uma das ilhas com restaurante para o almoço.
Claro que escolhemos o Lanchabus. No começo, maravilha. O barquinho vai passeando pelo rio como se este fosse uma rua. Entra ali, vira lá, passa por casas belíssimas, desce um, sobe outro e... nada acontece.
Com 30 minutos de passeio eu já estava de saco cheio e queria voltar. Mas não pode, na dá.
Você deve descer na ilha marcada no seu tíquete e esperar um barco retornando. Não quis almoçar na Ilha em que desci, achei o restaurante sujo.
Uma coisa que adorei foi o balanço que achei ao lado do restaurante. Eu e Alex nos esbaldamos enquanto esperávamos o lanchabus da volta.
Alivio. Eu sou urbana e gosto mesmo é de asfalto e muro grafitado.
Descemos do Lanchabus mortos de cansados e famintos.
Algumas empanadas depois, vimos que era impossível andar 8 quarteirões ate à estação La Costa, o que foi uma pena, pois segundo informações posteriores, esta teria sido a parte mais legal do passeio, pois pode-se subir e descer em qualquer estação, onde existem cafés bem charmosos. Assim, dá pra conhecer várias cidadezinhas, como San Isidro, que tem um centro comercial legal e uma feirinha aos domingos.
Voltamos dormindo no trem Urbano e resolvemos dar um giro pelo centro. Almoçamos, olhamos as lojas , andamos, andamos e andamos.




☺Comida na Argentina, sempre vem acompanhada de um pratinho de pão. E se você pedir um prato tipo “executivo”, não espere que venha com arroz.
☺Fominha na madruga? Procure um Kiosko, que são lojinhas que ficam abertas 24 hrs e vendem sanduíches, chocolates, balas, cigarros, refrigerantes...são uma mão na roda e estão espalhadas, principalmente, por todo o Centro.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Buenos Aires, Linhas viajantes - Parte 3

Linhas viajantes - Parte 3
Segunda, 19/10/09


City Tour.
A principio achei “coisa de turista”, “mico” e “coisa de velho”, mas durante o passeio , percebi que em viagens curtas, o City Tour é imprescindível.
Você visita os principais pontos do lugar, ouve histórias e não precisa ficar todo o tempo junto aos “outros turistas”.
Outra coisa legal é que é rápido. Você vai dali pra lá e tem uma idéia do que vale a pena ser visitado com calma e do que uns minutinhos bastam para conhecer.
Casa Rosada foi a primeira parada. Pausa para fotos. Alex tirou uma ótima sequência dos transeuntes.
Passamos por Palermo (um bairro tipo Leblon?), vimos as suntuosas mansões e seguimos até La Boca.
La Bombonera, fotos, lojinha de futebol e segue em frente.
Eu realmente estava ansiosa para conhecer o Caminito (mesmo sem ter conhecido, já estava planejando um retorno com mais calma), pois alguém tinha me falado que era um lugar carregado de boemia, artes e cultura.
Não sei se foi por umaa fotos carregadas no amarelo que vi por ai, mas imaginei uma "Santa Teresa Argentina" com bondes, artistas descolados e gente cool caminhando pelas ruas (tipo um Santa Teresa de portas abertas).
Me deparo com uma ruazinha com casinhas coloridas, quadros e artesanatos feitos “pra turista levar”. Tudo muito fake, muito exagerado.
Dançarinos de tango pelas ruas, “Gaúchos da fronteira” pelos bares e garçons que diziam “venham brasileiros, aqui o churrasco é mais barato”.
Exploramos alguns cantos, subimos, descemos e valeu pela minha foto do velho sentado sozinho e pelo super Herói Argentino (Figura e vermelho na foto - por favor, se alguém souber o que é,quem é, me conte).



No caminho La boca – Caminito - Porto Madero, vimos um lado mais pobre da cidade. Casas mais humildes, lixo em algumas esquinas, um pouco mais de cinza pelas ruas.
Ultima parada, Porto Madero. Ponte da Mulher, Hotel Hilton, Restaurantes (o famoso Siga La Vaca é aqui), Faculdade Católica, pessoas bem vestidas.
Almoçamos no Il Gatto , massa deliciosa e ainda demos a sorte de pegar o dia do “menu promocional”: Prato principal,bebida e sobremesa por um precinho ótimo.
Bebemos vinho, ficamos altos e tiramos a tarde curtindo umas voltas pela região para curar o pilequinho.
À noite fomos ao Cassino que o Alex tanto queria conhecer, e como ele disse: ”entramos com meia merreca e saímos com 1 merreca e meia”.
Vale a pena pela brincadeira, mas não é nada demais. Senti um clima meio tenso pelas mesas de cartas e roleta (estes não estavam brincando não).
Esse lance de Cassino é uma piada. A Lei Argentina diz que não pode haver cassinos em solos Argentinos. Os caras foram lá e colocaram os cassinos em Navios enormes. Pronto. Eu finjo que te respeito e você finge que está certo.
Não tenho nada contra Cassinos, jogo do bicho e etc. Acho até que deveriam ser legalizados, mas esta brecha Argentina é ridícula, parece coisa de “jeitinho carioca”.

☺ Caso seu pacote não tenha city tour, você pode conhecer os principais pontos turísticos com o Bus Turístico.
São ônibus amarelos que rodam a cidade toda durante o dia. Você compra um passe que vale por um dia inteiro. O ônibus sai de um lugar bem no centro (cruzamento das ruas Florida e Diagonal Norte, a poucos quarteirões da Plaza de Mayo) e passa por 12 pontos diferentes da cidade. Você pode descer/entrar no ponto que quiser. O andar superior é aberto, para facilitar a vista (E fotos!) e todos os assentos contam com fones de ouvido com dicas dos lugares pelos quais passa o ônibus em 10 línguas.

☺ Não gostei muito do famoso Alfajor Havanna. Preferi o da Abuela Goye que é uma loja especializada em chocolates. Achei o alfajor deles menos doce e bem mais macio. Tem loja perto da Casa Rosada e na Florida.

☺O Cassino fica aberto 24hrs. Não é permitido tirar fotos lá dentro.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Buenos Aires, Linhas viajantes - Parte 2

Linhas viajantes - Parte 2
Domingo, 18/10/09





Hoje o dia amanheceu lindo. Céu azul e um ventinho gelado.
Domingo em Buenos Aires é obrigatória uma passada pela Feira de San Telmo. Acordamos cedinho e partimos pra lá a pé. Achamos a cidade um tanto vazia, eram umas 10h30min da manhã e pouquíssimas pessoas pelas ruas... Seguimos andando e fotografando, mas notamos que estávamos seguindo por uma rua mais deserta e suja e preferimos guardar as câmeras.
Chegamos à Calle Defensa, que é onde acontece Feira, mas as barracas ainda estavam sendo montadas! E já eram quase 11 h. Muitas lojas também estavam fechadas. Achamos estranho, pois neste horário, no RJ, a feira da Lavradio que é bem parecida à de San Telmo, já esta a pleno vapor.
Tínhamos lido algumas críticas à feira de San Telmo no Orkut.Em geral pessoas reclamando que a feira só tinha velharias e etc. Discordo.
Acredito que o principal motivo de críticas venha do fato de que algumas pessoas tiveram preguiça de andar. Existe uma “feira off” que acontece ao redor da feira propriamente dita.
Enquanto a feira oficial acontece na Plaza Dorrego (e realmente só tem coisas velhas, ou como dizem alguns: antiguidades), se você percorrer toda a Defensa e as ruas em volta, verá que elas estarão tomadas de barriquinhas de artesanato e roupas estilosinhas. Claro que ainda encontramos muitas antiguidades, mas tem muita coisa divertida.

As lojas de design como A Lago (Calle Defensa, 919 e 970) no estilo “Imaginarium” (foi o que lembrei conhecer e que chega mais perto) são muito legais. Apesar de encontrarmos alguns objetos repetidos em todas as lojas, algumas coisas são surpreendentes e valem mesmo à pena comprar.
Na rua pode-se tirar uma foto ao lado da estátua da Mafalda e observar o vai e vem das pessoas montando suas barracas.
Por volta de 12h30min a agitação já esta completa.
Apresentações de tango, atores fazendo pequenos esquetes de teatro... Para os mais tradicionais, um alfajor Havana (que não é o meu preferido) ou um sorvete da Freddo na esquina.
Se a fome já começou a bater, que tal uma Fugazzeta na Pirilo?
Decidimos ir almoçar na Recoleta, que segundo informações possuía uma feira mais legal que a de San Telmo.
Como estávamos doidos para conhecer o metrô e nenhum taxi parava (todos cheios), seguimos em direção da linha A, a mais antiga.
De primeira você se assusta um pouco com a aparência do metrô (é de madeira), mas dá para perceber a organização: funcionário solicito, estação limpa (um pouco escura demais) e trens constantes.
O problema é que da estação do metrô em que descemos à Recoleta, são mais de 8 quadras.Nenhum táxi parava (era dia das mães,acho que os taxistas estavam indo almoçar em família) e estávamos com muita fome e cansados.
Mas andamos.
E paramos para comer no primeiro buraco que vimos. Foi a empanada mais gostosa da minha vida!
Depois de estar com a barriga cheia, vimos vários restaurantes legais no caminho.
Seguimos o caminho para a feira da Recoleta, passando pelo famoso cemitério. Árvores enormes e lindas na praça em frente a ele.
Rola um clima bem legal nas praças da região, com as pessoas sentadas na grama conversando, mas a feira não é o que eu esperava.
Para quem é do Rio de Janeiro a comparação que vale é: Recoleta está para a Feira de Copacabana como San Telmo está para a feira da Lavradio.
Como não gosto da Feirinha de Copacabana, segui em direção à Flor Genérica, passando pelo prédio da Faculdade de Direito.
Fotos feitas, táxi de volta à San Telmo. (nota: o taxista era irmão do Ted Boy Marino, famoso lutador de tele catch dos anos 70 e que fez muitas participações em Os Trapalhões)
Comemos uma pizza, vimos uma galera tocando jazz da melhor qualidade na Calle Defensa e sentamos pra fazer uma das coisas que mais gostamos: Ver as pessoas passando.

☺O sol de Buenos Aires é forte. Não se deixe enganar pelo vento frio e passe protetor solar.
Por volta das 19 h a Feira de San Telmo já esta vazia, fique de olho. Como é uma região lotada de turistas, também tem mais pivetes que no resto da cidade.
As lojas de design e roupinhas moderninhas abrem normalmente durante a semana. Se tiver tempo, priorize a feira e volte outro dia para uma visita mais calma às lojinhas.
Você pode aproveitar e conhecer o Buenos Aires Design que é juntinho da Feira da Recoleta. Não deixe de visitar a loja Morph, e pra quem gosta tem o Hard Rock café no mesmo prédio. O Museu Nacional de Bellas Artes (MNBA) que é ali coladinho e é um dos únicos museus gratuitos de Buenos Aires.

domingo, 25 de outubro de 2009

Linhas Viajantes, Buenos Aires - Parte 1

Linhas Viajantes
Buenos Aires - Parte 1

Sábado, 17/10/09

Chegamos ao aeroporto um pouco em cima da hora.O vôo saiu dentro do horário e foi bem tranquilo, com apenas 1 turbulência mais forte.Comemos o sanduíche da Gol e quando eu consegui um cochilo,o chato que estava atrás de mim, desatou a falar.Sempre tem um chato por perto!!

No aeroporto de Buenos Aires já notávamos a grande quantidade de brasileiros.

Ficamos no Hotel de Las Luces na Rua Alsina 525, bem pertinho da Plaza de Mayo (que eu cismava em chamar de Praça da Paz!).

Chegando ao Hotel, vimos uma grande festa, com pessoas fantasiadas, musica alta... Parecia carnaval! Era uma festa da galera Boliviana.


Fizemos o check in, pegamos as câmeras e partimos para a festa. Muita musica muita gente, mas o Alex notou o fato de que eles pouco riam. Era um desfile de gente triste.

Andamos muito tentando encontrar o Café Tortoni até percebermos que estávamos indo para o lado errado. Não tínhamos mapa e fomos perguntando. Todos a quem perguntávamos se mostraram muito amáveis e apesar das informações que nos deram, desistimos do Café e achamos melhor curtir a região.



(Foto: Tá pensando que camelô é só no Brasil ?)


Entramos no Carrefour e depois, andando pelas ruas encontramos uma lugar cheio de hippies vendendo seus artesanatos que nos fez lembrar o dia em que visitamos uma ocupação de um prédio abandonado no Centro do Rio (medo ?)

Continuamos andando e de repente estávamos na frente do Café Tortoni! O lugar é lindo, data de 1858 e muito nos fez lembrar a nossa confeitaria Colombo, só que um tantinho menor.Alex pediu chocolate com churros e eu fui de chocolate ao conhaque, que é simplesmente ma-ra-vi-lho-so.

Voltamos ao hotel com a intenção de tomar banho e ir jantar em Puerto Madero, mas depois daquele banho quente e de todo o cansaço que estávamos, decidimos dormir! Durante a noite tivemos um festival de barriga roncando...

Ande com um mapa (Pode ser o mapa do metrô). A cidade é grande, mas dá para fazer muita coisa a pé. Na preguiça vá de metrô, que é barato e funciona bem.

Uma coisa que notei em todos os lugares em que fomos comer é que por melhor que o garçom te atenda, ele não te serve. Traz a bebida, os copos e deixa em cima da mesa. Não corta a pizza, não coloca a comida no prato. Como quase sempre implico com garçons que ficam me rodeando, melhor assim.

Com o cartão Hable Más você faz ligações de qualquer telefone público pagando bem menos.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Wishes...


"Te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia, me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em tudo outra vez."
Caio Fernando Abreu ,

Imagem Esao Andrews (sempre)

domingo, 27 de setembro de 2009

27 de setembro

ReBraga diz : Quando uma criança recusa um saquinho de doces, vc sabe que algo está errado.Dar/ganhar Doces no dia de hj é muito mais que religião, é tradição.Prontofalei

sábado, 19 de setembro de 2009

Linguisticamente falando

O escritor Cristóvão Tezza – que também é professor da UFPR e um estudioso de lingüística -, em uma entrevista para o jornal literário Rascunho, quem diz:

"Considero um total equívoco dizer que a internet faz com que os jovens escrevam de forma errada. No Brasil, por exemplo, saímos de uma era da televisão, que era totalmente ágrafa (vendo televisão, você não vê uma palavra escrita, só ouve). (…) O advento da internet foi uma explosão brutal no sentido contrário – qualquer página que você abre na internet está cheia de coisas escritas. Ou seja, a palavra escrita voltou para o palco. As pessoas estão voltando a escrever – chats, e-mails, blogs, etc. A escrita passou a ser o mediador de toda a comunicação, de todo o processo de informação. A palavra escrita voltou com toda força. É um absurdo encarar a internet como um problema. (…) Na minha experiência ao corrigir redações do vestibular da UFPR, em mais de 20 mil textos, não se encontra sequer uma abreviatura utilizada na comunicação na internet. (…) Acho que a internet está exigindo que as pessoas tenham de escrever cada vez melhor. A escrita voltou a ser um valor social. E quando isso acontece, todas as forças começam a trabalhar nessa direção."

A entrevista de Cristóvão Tezza para o Jornal Literário Rascunho

Tirei daqui: Livroseafins

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

#Tim Mais facts

"É como quando você está com aquele tesãozinho e pensa em chamar uma puta, mas não quer gastar dinheiro. Você não chama a puta, toca uma punhetinha, goza e não paga nada - mas também não come ninguem. A produção independente é mais ou menos isso."

Tim Maia refletindo (e fazendo das suas analogias) sobre as vantagens e desvantagens da independência musical, in: Vale tudo, o som e a fúria de Tim Maia, Nelson Motta

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Felicidade Pública

"(...)Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo. Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada. As vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo. Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante."
Felicidade clandestina - Clarice Lispector

Tão lindo isso...Estou me sentido como essa menina.
Lendo "Felicidade Clandestina" aos poucos, para não gastar...1 ou 2 contos por dia.Leio de manhã, no ônibus e sigo o dia carregando aquela história dentro de mim.
Costumo ser uma leitora voraz, ao menos 1 livro por mês, fora as revistas, jornais e blogs diários. Mas com "Felicidade Clandestina" , está sendo diferente. Estou degustando.Sentindo.
E estou adorando.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

O Visitante

Walter Vale , um professor de Economia de Connecticut, precisa ir a Nova York para uma conferência. Porém, descobre que tem um casal morando em seu apartamento: Tarek e Zainab, imigrantes ilegais que tocam suas vidas normalmente na Big Apple. Após um habitual período de desentendimentos, o professor acaba propondo abrigo para eles em seu apartamento e, aos poucos, vai se envolvendo com essas pessoas e com o tambor sírio, instrumento que Tarek toca.



Um filme caprichado, sem vilões x mocinhos . O vilão é o sistema, somos todos nós. Solidão.Amizade.Saídas.Vida Real


(Copiei a sinopse).

Lendo

[Felicidade Clandestina, Clarice Lispector]

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Isabelices

Diálogo:
[Isabela] Tia, olha o meu desenho: Mônica, Juninho, Gabi, eu e Maria Vitória
[Renata] E cadê a sua bisa?
[Isabela] hum..(pensando) éééhhh...Ah, é que nessa hora ela "tava" no banheiro !

Desisti de perguntar por mim no desenho!
...
Outra:
Isabela grita, faz bagunça e pirraça
[Bisa] Ai, essa garota está demais.Tem que levá-la no psicologo!
Isabela grita, faz bagunça e muita pirraça
[Bisa] Meu Deus, assim não dá para assitir a novela. Leva essa menina pra uma igreja , para um padre benzer, sei lá...
Isabela para de chorar e com as mãos na cintura diz:
- Ô vó, você fica querendo me levar para um monte de lugar..Para onde eu vou :para o psicológo ou para o padre?

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

D' Maçã

"[...]Silenciou, um pouco tonta. Um cobiçoso amor pela sua própria história a tomara. Ali estava ela naquele momento de pé — rica, tonta, pesada, ganhando ali mesmo, enquanto falara, um passado de que jamais suspeitara... “Mas eu tenho ainda todo um passado para trás!”, gritou-se subitamente em arrebatamento de surpresa. Até bonita ela fora! até jovem ela fora — coisa que jamais seria no futuro. Estremeceu ao pensar que se não tivesse contado a Martim sobre o rapaz da fogueira, talvez ficasse para sempre ignorando acontecimentos seus, seus de direito. Pois só ao contar é que ela se lembrara... Como se somente agora soubesse que um rapaz e uma fogueira também eram sentimentos, e que também isso era vida sua, ah, quem sabe se a veemência se devia dar ao que se esquecera, quem sabe. A mulher então se perguntou absorta se não haveria mil outras coisas que lhe tinham acontecido... E das quais ela simplesmente ainda não sabia. Perguntou-se, com a gravidade de uma descoberta, se ela na verdade não tinha escolhido viver de alguns fatos passados, quando poderia viver de outros que tinham igualmente acontecido — e tinha direito a eles — assim como neste instante ela estava vivendo do rapaz da fo­gueira. Ali estava ela, tonta e pesada; o seu passado revelava-se tão cheio de possibilidades quanto o futuro. Oh mais que o futuro. Porque o passado tem a riqueza do que já aconteceu[..]."

A maçã no escuro , Clarice Lispector

domingo, 9 de agosto de 2009

Alimento de alma

Música/Show : LOS SEBOZOS POSTIZOS no Teatro Odisseia
A casa estava lotada -li por ai que ficaram umas 100 pessoas do lado de fora- um calor da porra, mas encontramos um lugarzinho quase 100% para assistir ao show que foi muito bom. Alguns sucessos do Ben Jor mesclados com alguns lados "B", nada que comprometesse.
Frequentar shows é uma das coisas que mais gosto de fazer, mas ultimamente a falta de educação de alguns coleguinhas seres humanos tem me tirado do sério (vide a minha briga no show do Mano Chao na Fundição Progresso).
Vamos combinar? As pessoas precisam aprender que elas ocupam um determinado campo físico e que não há necessidade de invadir o do próximo!Cada um no seu espaço, meu bem!
Fotografia: Exposição internacional da World Press photo 09 -Caixa Cultural Rio - 29/07 a 23/08 - A exposição está linda. Para comprovar que fotos jornalísticas também podem ser , e quem disse que não são (?), artísticas.
Imagem e Informação.
Foi um prazer ver a Caixa cultural Lotada em uma tarde ensolarada de sábado.
A cada dia me apaixono mais por fotografia.
Exposição²: "A arte de J.Borges - Do cordel à xilogravura" , também na Caixa Cultural até o dia 29/08/09, esta eu vi rapinho, mas quero voltar lá para conferir com mais calma a his´toria da arte do Cordel e as maravilhosas xilogravuras de J.Borges.
Cinema: "O Contador de Histórias", conta a história de vida de Roberto Calos Ramos, um ex interno da FEBEM e hoje um reconhecido contador de histórias.
Não é um filme maravilhoso, mas não fica devendo.Passa a mensagem.
É bonito,faz chorar. Diria, correto.
Só peca por ser longo demais e no abuso do uso da camera lenta.
Podia ter explorado mais as fantasia lúdicas do menino, afinal como dizem por ai, ouvir hisória é viajar...
Mais uma vez meus parceiros seres humanos foram extremamente mal educados comendo, gargalhando e conversando no cinema.Tinha até um casal discutindo na minha frente. Ô raça!
Literatura: Um trechinho de "A Maçã no escuro, da Clarice Lispector me fez suspirar :

"[...] ávida que fora de viver, quando... quando na verdade já vivera"

terça-feira, 4 de agosto de 2009

So do I

GMN : Você é um símbolo de Nova Iorque. Teria coragem de viver um dia numa cidade pequena e calma, longe de tudo?
Woody Allen- “Eu ficaria louco. Não poderia viver num lugar assim nem por dois dias- nem por um fim-de-semana. Preciso de cidades- seja Londres, Paris, Nova Iorque...Preciso de atividade, barulho, carros, restaurantes, livrarias, filmes. Sou viciado em civilização.”


ENTREVISTA COM WOODY ALLEN,Genetton Moraes Neto ( publicada em abril de 2004 no lbog do Genetton Moraes Neto)


Eu também... Woody, eu também.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

No tempo de Dondon...

"Num mundo que foi ficando cada vez mais repressor e reprimido, nos acostumamos a ver o prazer real com desconfiança e a cultivar uma idéia abstrata de prazer inalcançável, porque é distante e irreal.O melhor lugar do mundo, você já ouviu muitas vezes, nunca é o aqui e agora. É aquela nostalgia típica dos mais velhos, que não se cansam de repetir como eram melhores as coisas nos tempos deles, mesmo que no tempo deles, não achassem as coisas tão boas assim.Uma nostalgia com um razoável poder de contaminação, e acabamos acreditando, muitas vezes, que o amor antes era mais verdadeiro , os relacionamentos mais duradouros, o sexo mais intenso, que o LP era melhor que o mp3. Será que as coisas "antes", "lá longe", eram mesmo tão melhores ? Será que um tempo em que as mulheres eram obrigadas a casar virgens era melhor que hoje? É curiososcomo convivem , lado a lado, como as duas faces da mesma moeda fatalista , as ideias de que as coisas sempre irão melhorar no futuro e a ideia de que elas sempre pioram. Nem uma coisa nem outra, a verdade é que as coisas mudam [...]" André Caramuru Albert,Historiador

segunda-feira, 27 de julho de 2009

domingo, 26 de julho de 2009

Cara de brownie...


"Estava jantando com uma amigas e elas pediram um brownie de sobremesa. Fizeram aquela cara de mulher quando come brownie. É foda. Por melhor que seja, nunca vou conseguir fazer uma mulher chegar a essa cara. A gente nunca vai saber o que é dar esse prazer a vocês. Queria ser um brownie.[risos]"



Pedro Neschling, ator, descobriu a nossa verdade na Trip#89

quinta-feira, 23 de julho de 2009

DoCaio


RoubeidoCaioafotodeconcursosemnomequeeuqueriatertirado.Eledizqueeunãoseiescrevereeudigoquelesabefotografar!

domingo, 19 de julho de 2009

Lendo

Black Hole, Charles Burns
Terminei de ler Henry & June, Anais Nin.
É um daqueles livros "soco no estomago" que eu tanto gosto. Mas este não faz você olhar para fora, para o mundo ao redor e sim para dentro, para você.
A referência que geralmente temos à Anais é sobre o livro "Delta de Vênus" e sobre os escritos eróticos retirados dos diários da escritora.
Mas em Henry & June, vejo uma Anais confusa, tentando se entender, se descobrir.E vejomais uma vez: como mulher costa de uma DR, nem que seja com o seu proprio diário.
ah, e cartas...como é lindo o hábito de trocar cartas.
A dualidade de Anais.A tentativa de compreender a si mesmo.De entender os outros.A valorização do Eu.cartas.Mentiras sinceras que interessam.Verdades.Escritos.A força da palavra escrita.sexo.Amor e Paixão.Psicanálise.Descobertas.Poder da mulher.Análise.Auto análise.

Anaïs Nin

Sinopse:Paris, Dezembro de 1031. Anaïs Nin conhece o escritor Henry Miller e a sua mulher June, e regista esse fato no seu diário. É esse relato íntimo que agora se publica e nele Anaïs revela todos os sentimentos de angústia, felicidade, êxtase, tristeza, que marcaram uma relação vivida até aos limites do erotismo e da paixão. Henry é a genialidade, a virilidade física e intelectual; June, a beleza, o mistério das forças ocultas do desejo. Juntos revelam-lhe o outro lado da vida, que as obras de Miller tão cruamente descreviam, e será através desse exacerbamento e dessa perturbação que Anaïs Nin virá a descobrir-se a mulher e a escritora que tanto marcou a literatura do nosso século. Henry & June é simultaneamente um documento de valor histórico e o diário íntimo de uma paixão que transgrediu todas as convenções. Um belo livro que o cinema adotou.
“Meu livro e meu diário interferem um no outro constantemente. Eu não consigo separá-los nem reconcilia-los. Sou uma traidora com ambos”.(Anaïs Nin )

sábado, 18 de julho de 2009

[33]²

Infinito Particular
Composição: Arnaldo Antunes, Marisa Monte, Carlinhos Brown

Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro, o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui, eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular

sexta-feira, 17 de julho de 2009

[33]¹

Às vezes, sinto falta de mim.
Falta da minha letra no caderno
Falta da minha organização exterior e falta até, da minha bagunça interna
Falta da minha indignação com o mundo e da vontade de mudá-lo
Falta dos meus sonhos
Falta da minha devoção aos amigos
Falta dos meus questionamentos e da vontade de me enteder
Falta das minhas idéias revolucionárias
Falta do meu riso frouxo e de colocar as besteiras que vêm à mente para fora
Falta de falar sério
Falta das opiniões polêmicas
Falta da minha solidão
Falta de ouvir, de conversar e de ser ouvida
Falta de chorar
Sinto falta da hora do Recreio, dos filmes, dos doces, dos cheiros e cores.
Sinto falta da dança, da música
Da poesia
Às vezes, quando sinto falta de mim, me encontro.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Pulp

Pulp ou ainda pulp fiction ou revista pulp são nomes dados a revistas feitas com papel de baixa qualidade (a "polpa") a partir do início da década de 1920.
Essas revistas geralmente eram dedicadas a histórias de fantasia e ficção científica
e não raro o termo "pulp fiction" foi usado para descrever histórias de qualidade menor ou absurdas . As pulps eram um tipo de entretenimento rápido, sem grandes pretensões artísticas, ainda que bastante divertidas. (da Wikipedia)
Pulp,de Charles Bukowski à primeira vista não parece um Bukowski,o livro tem um "Q" de filme B, com alienígenas, gangsters e sangue mas conforme você vai lendo as aventuras do Detetive Nick Belane, consegue perceber o estilo do Buck nas reflexões filosóficas de Belane sobre sua vida, sobre o mundo e a ferrenha crítica ao "American Way of life"
"[...]Mas todo mundo está certo e errado, e de pernas pro ar. E que importância tinha quem fodia com quem? No fim era tão sem graça. Foder, foder, foder.
Bem, as pessoas se prendem.Uma vez que corta o cordão umbilical, a gente se prende a outras coisas.Vistas, som, sexo, miragem , mães, masturbação, assassinato e ressaca de segunda feira." (Pulp, Charles Bukowski)

sexta-feira, 3 de julho de 2009

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Dez coisas que odeio em você, filme


DEZ COISAS QUE EU ODEIO EM VOCÊ

"Odeio o modo como fala comigo
E como corta o cabelo
Odeio como dirige o meu carro
E odeio seu desmazelo
Odeio suas enormes botas de combate
E como consegue ler minha mente
Eu odeio tanto isso em você
Que até me sinto doente
Odeio como está sempre certo
E odeio quando você mente
Odeio quando me faz rir muito
Mais quando me faz chorar...
Odeio quando não está por perto
E o fato de não me ligar
Mas eu odeio principalmente
Não conseguir te odiar
Nem um pouco
Nem mesmo por um segundo
Nem mesmo só por te odiar"


Sinopse: Bianca está apaixonada por Joey, o playboy da escola em que estuda. Mas o pai da menina só permite que ela namore caso Kat, a irmã mais velha, se comprometa primeiro com alguém. Eis que Cameron se enamora por Bianca, e decide por um plano em ação contratando Patrick Verona, o mal encarado da escola, para que namore Kat e deixe o caminho de Bianca livre para ele. Adaptação de 'A Megera Domada', peça de William Shakespeare, para os dias atuais.
E eu adoro Comédias Românticas...

terça-feira, 30 de junho de 2009

Cara de Bunda

"[...] ou talvez tivesse descoberto um método de vencer o processo de envelhecimento.Era só ver os astros de cinema; tiravam a pele do rabo e grudavam na cara. A pele do rabo era a última a enrrugar-se. Andavam todos, nos últimos anos de vida, com caras de bunda."

(Pulp, Charles Bukowski)

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Moonwalk

Blééh
Desde sexta feira, estou tentando colocar aqui um vídeo do MJ fazendo o Moonwalk, mas a porcaria da conexão não permite.
Decidi então, postar a última página da Historinha que o Mauricio de Souza fez em homenagem ao Michael Jackson.

O roteiro é do Paulo Back e a revista da Mônica de número 33 sai em setembro. Segundo Mauricio, a historinha é tão linda que não dava para esperar publicar (from Twitter)





De qualquer forma, para você que tem uma boa conexão de internet, segue o link do vídeo, que é fodástico


http://www.youtube.com/watch?v=s7MmEMrCRfc&feature=related

quarta-feira, 17 de junho de 2009

"Não sou vaidoso, sou higiênico"

CTRL C +CTRL V : Mr. Catra na Trip #178

Podemos até não gostar das Músicas e do machismo dele, mas a entrevista está muito interessante. As idéias do cara são no mínimo... Curiosas.
Leia tudo aqui : Trip #178


Trip:Que tipo de mulher você curte?
Catra:Eu sou um adepto da sereleia, tá ligado? Aquela que é meio sereia e meio baleia [risos], a fugitiva do spa. Gosto demais das fofinhas, de mulher confortável! Essas magrelas que nego bota na TV, não me leva a mal não, filhota, mas não é a minha.

Trip:Acha então que esses partidos perderam a motivação política?
Catra:Sim, o Comando Vermelho era pra ser quem nem as FARC, o IRA, o Sendero Luminoso, tá ligado? Quando perdeu o engajamento político, parou de fazer sentido. A vida melhor de um povo não é o crime: quando acaba a ideologia, acaba a justificativa. Foi uma burrice terem prendido os líderes políticos desses partidos e deixarem jovens sem ideologia no comando da criminalidade. Com a prisão desses lideres, os que tavam fora não tinham a mesma cultura pra cuidar do lado social. Isso tudo ruiu com a morte do Professor, do Rogério Lemgruber, do Maurinho Branco e de vários outros. As lideranças que sobraram não tinham o mesmo nível intelectual e aí a parada descambou. Fica difícil uma criança ou um jovem que cresce na comunidade passar numa faculdade, ler certos livros, ter posicionamento político. Ele tá ligado a essa cultura do capitalismo selvagem: se não tem um carro maneiro, uma roupa maneira, uma jóia maneira, não é um cara maneiro. É isso que mata: todo mundo ostentando. E essa ostentação era inadmissível no partidos, na função do partido você não pode usar o dinheiro para o seu próprio beneficio, seria em benefício das pessoas humildes daquelas comunidades

Trip:Então mulher escolhe mulher por falta de opção?
Catra:Mulher é um bicho que já nasce viadinha [risos]. Senta com a amiga: “Ai, teu peito tá bonito”. Imagina um cara sentar com o outro: “Meu irmão, teu saco tá maneiro”. [risos]. Elas ficam em “Ai, lindo o corte da tua perereca”, e a gente “Cara, muito foda, tu deu uma aparada aí nos bagos, bacana hein parceiro?” [Gargalhadas] Elas ficam nessas, tomam banho junto, e pá, coisa e tal, dali pra, ih. já é, fio, tá ligado, né?

segunda-feira, 15 de junho de 2009

E fiquei melancólico com o futuro.

"Ser pisciano, judeu, carioca e poeta, é além da pulga como orelha viver o eterno e generalizado déjà vu. Não existem novidades no mundo. Moleza ouvir uma história e passar a acreditar que é sua. Mais: ouvir sobre um lugar, como por exemplo, Botucatu, e logico , grande botucatu, maravilhosa , conheço muito bem etc e tal. E o flavinho ?Ontem por exemplo fui a um bloco de carnaval. Entre as tetas da massa, este folião daqui ao perceber uma janela acesa no último andar do prédio fronteriço, imediatamente foi acometido de pungente nostalgia. Pude mesmo ver o velhote daquela janela - eu - do alto dos meus oitenta e poucos relembrando-me de mim ali no recôncavo da juventude, entre beijos e goles neste mesmo bloco de carnaval em que me vejo relembrando de mim aqui no bloco sendo assistido por mim ali...Então fui tomado de lembranças várias, dos carnavais passados, mulheres que amei, sonhos realizados e os que ficaram entreteias. Vi meus pais de mão dadas com meus filhos. Vi, enfim, como num Aleph do Borges - apenas que personalizado - todas as passagens da minha vida: da aranha tecendo entre os sonhos ao negro azul que te possuiu sob a árvore verde na madrugada, olhares de concupiscência, os malfeitores do bairro, a atriz inglesa que te vociferou insultou e bêbada te beijou a força e o irremediável amor pelas crônicas do Rubem Braga e por toda e qualquer literatura brasileira que fale de pequenos acontecimentos do dia-a-dia, como retratos, como por exemplo "eu contava do filme em que a mocinha bem tola dizia alguma coisa e você ficou me olhando como se...". E então tive a certeza da vida vã. E sorvi de um gole só meia lata de cerveja. E queimei os lábios ressequidos com um chá de hortelã. E entoei um samba. E bocejei com as mãos trêmulas. E beijei uma mocinha que já me conhecia. E minha velha postou a mão sobre meu ombro. E fiquei melancólico com o futuro. E sorri lembrando o passado.Você , que é um taurino , catolico, dentista e baiano-correntista da Caixa; ou uma libriana mulçumana, publicitaria e gaucha-bancosandy e junior ; até mesmo um leonino , ateu , ator e paulista - bank de boston , saiba : é muito dificil ser pisciano, judeu, carioca e poeta- correntista do itau. Ter a sensação de que tudo que acaba de dizer, ja foi dito , foi pensado esquecido. [...]"

Do livro "Regurgitofagia", Michel Melamed

quinta-feira, 11 de junho de 2009

-Ridículas-


"Todas as cartas de amor são Ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem Ridículas. Também escrevi em meu tempo cartas de amor, Como as outras, Ridículas.
As cartas de amor, se há amor, Têm de ser Ridículas. Quem me dera no tempo em que escrevia Sem dar por isso Cartas de amor Ridículas. Afinal, só as criaturas que nunca escreveram Cartas de amor, É que são Ridículas."

(Poema - Todas as Cartas de Amor São - Álvaro de Campos)

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Frases

"O mundo sempre vai ser um merda, mas isto não te exime da responsabilidade de tentar fazer a sua volta melhor"
(JP Barlow,Trip#177)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

De volta à nossa programação anormal

Tenho lido bastante. Revistas, blogs, twitter, livros.
Pouco Tempo/Paciência para escrever...até rolam algumas idéias inspiradas nas minhas leituras, mas precisaria trabalhar em uma empresa em que não fosse tudo bloqueado e que me oferecesse ao menos 10 % do meu tempo lá para projetos pessoais.
[Tenho sentido a necessidade de partilhar. Saber e repassar.Trocar.Comentar. Muito mais dividir do que multiplicar.Ouvir.Responder.Trocar de novo.Ir e vir.]
Como não trabalho no Paraíso, vou copiar/colar um texto interessantíssimo que saiu na revista TPM deste mês.
O texto está cheio de ótimas referências.Cliquem nos links e repassem. Dividam Favoritem.
A Matéria era sobre o aumento de usuárias de cocaína no Brasil e o texto abaixo fecha a reportagem falando de nossa NECESSIDADE em encontar a felicidade. Ela existe? É o que você pensa ? É um estado permanente ou temporário ?

FELICIDADE TRANSBORDANTE
por Denise Gallo*
A felicidade é a religião do indivíduo moderno, escreveu Edgar Morin.
Sua essência é uma “mitologia euforizante”, que arremessa para longe qualquer mal-estar que incomode o lustroso projeto de vida contemporâneo: um conto bem contado, que combina prazer em doses cavalares, poder individual ilimitado e soluções imediatas para todos os males, renovadas a cada estação. Funciona bem, nas páginas das revistas. Quanto à insatisfação crônica que ronda as vidas imperfeitas do mundo real, num eufemismo esperto, ela vira “motivação para a mudança”. E é importante que seja assim, pois, sem insatisfação, não há consumo e sem consumo…O romance Ser Feliz, de Will Ferguson (ed. Companhia das Letras) – não sou a primeira a citá-lo –, é uma irônica descrição do que aconteceria caso o projeto de felicidade da nossa cultura fosse concretizado.
Na história, uma editora publica um livro de autoajuda que, diferentemente dos demais, funciona. As pessoas que leem atingem um grau de bem-estar nunca experimentado e, plenamente satisfeitas, não querem mais rejuvenescer a pele, fazer dieta, comprar acessórios da moda ou ouvir conselhos. Como consequência, as indústrias começam a falir e o capitalismo entra em colapso. Curiosamente, as primeiras “vítimas” da nova ordem são as indústrias de tabaco, de bebidas e as drogas. Faz sentido. Assim como faz sentido o seu oposto: que uma sociedade regida pelo imperativo do gozo inatingível veja crescer o consumo dos mais diversos aditivos químicos que estreitam, ainda que momentaneamente, o abismo entre projeto e realidade. Difícil dar conta dessa obrigação de ser feliz. Enquanto a ficção não se torna realidade, um entusiasmo excessivo, totalmente dependente do consumo, segue estampado em capas e telas. A mídia é empolgada por natureza. A mídia feminina, ainda mais. Mulheres saltitantes e sorridentes rodopiam de uma página a outra. O êxtase é total. Ou melhor, o êxtase é total!!! Isso mesmo: total!!! Alguém pode me explicar para que tantos pontos de exclamação? Eu contei: 49 pontos de exclamação foram utilizados em apenas oito capas de uma revista feminina feita para as mulheres de 20 e poucos. Sobre a origem do ponto de exclamação, a Wikipedia explica que a hipótese mais provável é que o sinal tenha surgido da junção de letras da palavra io, “exclamação de alegria”, em latim. Esse é o problema: quem sente tanta alegria? Aí você olha para sua vida, onde provavelmente encontrará muito mais pontos de interrogação, eventualmente algumas reticências, e talvez pense que há algo errado… com a sua vida ou com a revista? Abaixo o ponto de exclamação. Chega do show de empolgação que nada tem a ver com as contradições humanas. Precisamos todos nos desintoxicar desse drive-thru de felicidade, de definições arbitrárias e receitas infames. Peça pelo número: zero. E não se esqueça que a moda agora é ser simples. Mas essa pegadinha a gente deixa para um outro texto.

*Denise Gallo, 38, é sócia da Uma a Uma, empresa de inteligência de mercado especializada em comportamento feminino: blog.umaauma.com.br

terça-feira, 19 de maio de 2009

Mais da mesma.De Novo

Não sou cult. Nem misteriosa. Tão pouco leio os filósofos recomendados para se "bater um papo cabeça". Leio muito: o que quero o que gosto. Não sei fotografar, mas queria saber. Não consigo lembrar frases inteiras e fazer citações, mas sou boa com imagens. Digito errado, muito. Gosto de músicas depressivas. Adoro reticências. Odeio pegar chuva. Gosto de falar besteiras, de fazer sorrir. Adoro papear com meus amigos. Não gosto de conversas longas ao telefone, mas adoro papo de bar. Gosto de conversar com "estranhos" na rua. Prefiro calcinhas de algodão. Sei falar sério também. Gosto quando me fazem rir. Choro até com anúncios. Fico inventando o que poderia dizer em certas situações, principalmente respostas mal educadas para as pessoas no ônibus. Me irrito com facilidade.Gosto de momentos de ócio.Odeio o 392.Gosto de usar saias.Quando me sinto sozinha, envio scraps pra mim mesmo. As vezes me acho bem pouco interessante.Choro com músicas.Troco de canal toda hora e falo de mil assuntos ao mesmo tempo.Não sei fazer joguinhos, mas também nem sempre sei ser direta. Adoro ouvir historias pelas ruas. Às vezes sou melancólica. Outras vezes sou depressiva, mas logo passa. Meu humor é extremamente mutante. Falo sem vírgulas. Adoro a lua. Gosto do céu azul. Acho meus pés feios. Gosto dos meus seios. Pinto os cabelos. Adoro brigadeiro. As vezes acordo cansada tamanha a intensidade de meus sonhos. Gosto de unhas vermelhas. Petit Gateau dividido me tira do sério. Choro com filmes. Sonho muito, dormindo ou acordada. Adoro pensar na vida enquanto escovo os dentes. Choro no ônibus. Lembro sempre.Rio muito e alto. Prefiro filmes no cinema e musicas nos shows. Tenho medo de arriscar. Amo fácil.Gosto de ler revistas de trás pra frente. Faço amizades no ônibus. Música me faz bem. Opiniões fortes, mas posso ser influenciavel.Medrosa. Prefiro o outono. Tenho mania de mandar. Sou muito irônica, as vezes sem querer.Queria saber desenhar. Não sou cult e nem sei ser misteriosa.Volta pro inicio

terça-feira, 12 de maio de 2009

Piadinha

SENSIBILIDADE FEMININA
"Cheguei em casa, todo romântico, cheio de amor pra dar, entrei no quarto bem devagarzinho e cochichei baixinho no ouvido da minha mulher:- Querida, eu quero amá-la.
A minha mulher, que estava cochilando, com a voz embolada responde:
- Sua irmã pediu A MALA emprestada. Use a mochila que está no maleiro do quarto de visitas.
- Não é isso querida, hoje vou amar-te.
- Por mim, você pode ir a Marte, a Júpiter, a Saturno e até a Puta Que o Pariu, desde que me deixe dormir em paz"
Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com a vida real terá sido mera coincidência.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Bacalhau & Pimenta

É sabido que Ela e Ele adoram umas comidinhas de bar (os quilinhos extras que o digam) e desde que ele comprou o livro Comida de Buteco, do Ricardo Freire , eles procuram seguir o roteiro do dito cujo atrás dos melhores petiscos da Cidade Maravilhosa.
No último fim de semana, saíram do Rio e foram à Niteroi atrás de uma dica não só do livro, mas de alguns amigos moradores na terra do Araribóia : O Bolinho de Bacalhau do Caneco Gelado do Mario.
O bolinho em questão sempre fora descrito como "o melhor bolinho de bacalhau" que vocês poderiam comer ou "enorme", "delicioso", entre outros adjetivos.
Eles chegam ao bar empolgadíssimos (Ele, que prefera a caipirinha, até queria beber um chopp para entrar no clima) e dão aquela olhadinha pelas mesas para confirmar a popularidade do tal bolinho e procurar inspiração nos pratos alheios.
Sabiam que o lugar era realmente um boteco e isso não tinha problema: era só passar um guardanapo em cima da lata de azeite para tirar o "grosso" da poeira e pedir os tão indicados bolinhos.
Realmente os ditos cujos chegaram conforme o prometido: grandes, em um formato não tradicional, douradinhos e... primeira mordida.
"Hummm, mas o gosto da batata predomina, né?" Ele diz.
Ela morde mais um pedaço e emenda: "Coloca um azeite para ver se melhora."
Decidem pedir mais uns bolinhos, afinal sempre ouviram elogios sobre os petiscos dali.
Esperam , esperam (somente 2 garçonetes desdobram -se no atendimento às muitas mesas ao meiodiadeumsábadopósferiadonoiniciodemês).
"Moça, traz pra mim um pastel de camarão, 2 bolinhos de aimpim com camarão e mais dois bolinhos de bacalhau", ele disse apontando item a item no cardápio, afinal a moça poderia esquecer de anotar algo ou trazer um bolinho de carne seca ao invés do de camarão.
Esperam , esperam ( A massa do bolinho de aimpim acabou,estão fazendo mais).
Na mesa ao lado algúem reclama. A garrafa de cerveja chegou com o gargalo quebrado.
Esperam, esperam.
A nova remessa chega.
"É , o gosto da batata prevalece" ela diz.
"Coloca esta pimentinha,acho que melhora", foi a sugestão dele.
Pimenta vai, Camarão vem.
Pagam a conta e voltam ao Rio de barca.
Com a Pimenta, o bacalhau e o camarão ardendo até a alma.
E até agora eles não sabem se deram azar, se foi a pimenta ou o camarão, mas não pretendem voltar ao Caneco Gelado do Mário. Lá, o bolinho de Bacalhau realmente é grande, douradinho e crocante por fora e molinho por dentro como prometido.
Mas tem gosto de batata.

Outro de comidinha : Aqui