segunda-feira, 28 de abril de 2008

Dança, Cruel - Cia.Deborah Colker

A Cia. Deborah Colker está no Teatro Municipal do Rio até segunda-feira, dia 28, com “Cruel”.
A montagem fala sobre o aspecto doloroso presente nas relações amorosas. Nono trabalho da companhia, desenvolvido durante dois anos, este é o primeiro em que Deborah não dança, só dirige.
Com 17 bailarinos no palco, Colker mostra as agruras do amor, com todas as nuances possíveis a esse tema tão caro aos artistas.
O cenário e a direção de arte são de Gringo Cardia. Ele é responsável por levar ao palco a grande esfera branca que ilumina o baile, como se fosse uma lua cheia que embala casais de namorados, e também pelo grupo de espelhos giratórios da parte final da montagem.
Berna Ceppas e Kassin são os responsáveis pela trilha sensível. A iluminação delicada é de Jorginho de Carvalho e os figurinos bem-feitos são de Samuel Cirnansck. Já Gilberto Gawronski veio do teatro para ajudar os bailarinos na construção dos personagens, atuando na assistência da direção.


Domingo,27 de Abril, 20 hrs. Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Centro da cidade vazio.Teatro vazio. Nem "Caras", nem a dupla do "Pânico na TV" presentes na porta.
O Teatro é lindo, mágico.Vários cantos a serem explorados.
Adoro lugares como este:Imaginar uma grande festa em outros tempos..ou neste tempo mesmo...
Voltando ao agora:
Teatro vazio, somos gentilmente convidados a ir para um lugar mais nobre, ficar mais pertinho do palco (viu? ainda bem que não compramos o ingresso mais caro!).
Correria.Senhoras em vestidos de festa e cabelos escovados passam por nós, entre nós.Clap clap de sapatos, com licença, ops, é por ali.
Todos acomadados e o espetáculo começa.
Fugurino lindo.Perfeito.
Os cabelos das bailarinas também.
Loiras, morenas e ruivas.Curtos, do jeito que eu acho lindo.
Ótima música.
Cenário tudo.Gringo Cardia, cada vez melhor (já leu o post sobre ele que tem aqui?).
E a dança? tudo muito bonito, mas não parecia Debora Colker.Cadê o ineditismo? as reviravoltas? Os ahhhh e uhhhsss ??
As facas foram ótimas, mas ainda faltava algo...
Intervalo.
Tenho sono.
A moça do Teatro briga com a moça que abriu o celular (eêê barraquinho no Municipal).

Luzes apagadas.Cortinas abertas.
Espelhos.
Oba, agora sim, o negócio ficou bom.Música forte, alta.
Gira , gira espelho.
Pernas, danças, saltos.
Já acabou ?

Gostei mais do figurino, cenário, luz e música que da dança (apesar de não entender de dança contemporânea, mas o que me toca, me toca e pronto.)
Contudo, o saldo final foi positivo, com certeza.

Afinal, tudo é Arte e pra mim
Arte,
Sempre vale a pena.


Um comentário:

Ni Barreto disse...

nos meus sonhos, eu sou uma bailarina contemporânea, sabia?