Faz de conta que amava e era amada,
Faz de conta que não precisava morrer de saudade,
Faz de conta que ela não ficava de braços caídos de perplexidade quando os fios de ouro que fiava se embaraçavam e ela não sabia desfazer o fino fio frio,
Faz de conta que ela fechasse os olhos e seres amados surgissem quando abrisse os olhos úmidos de gratidão,
Faz de conta que tudo o que tinha não era faz de conta,
Faz de conta que ela não era lunar, faz de conta que ela não estava chorando por dentro — pois agora mansamente, embora de olhos secos, o coração estava molhado."
Clarice Lispector - O Livro dos Prazeres
Um comentário:
but true...Ah desculpa não podia perder a piada...
É bunitu, mas gostei mesmo da foto...hehe
Bjus!
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