quinta-feira, 30 de julho de 2009

No tempo de Dondon...

"Num mundo que foi ficando cada vez mais repressor e reprimido, nos acostumamos a ver o prazer real com desconfiança e a cultivar uma idéia abstrata de prazer inalcançável, porque é distante e irreal.O melhor lugar do mundo, você já ouviu muitas vezes, nunca é o aqui e agora. É aquela nostalgia típica dos mais velhos, que não se cansam de repetir como eram melhores as coisas nos tempos deles, mesmo que no tempo deles, não achassem as coisas tão boas assim.Uma nostalgia com um razoável poder de contaminação, e acabamos acreditando, muitas vezes, que o amor antes era mais verdadeiro , os relacionamentos mais duradouros, o sexo mais intenso, que o LP era melhor que o mp3. Será que as coisas "antes", "lá longe", eram mesmo tão melhores ? Será que um tempo em que as mulheres eram obrigadas a casar virgens era melhor que hoje? É curiososcomo convivem , lado a lado, como as duas faces da mesma moeda fatalista , as ideias de que as coisas sempre irão melhorar no futuro e a ideia de que elas sempre pioram. Nem uma coisa nem outra, a verdade é que as coisas mudam [...]" André Caramuru Albert,Historiador

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